terça-feira, 5 de abril de 2011

100 SENTIMENTOS

Eu fico boquiaberta com o quanto certas pessoas são desprovidas de sentimento.  Um desses casos está na mídia ultimamente.  O caso das trigêmeas que foram geradas por fertilização in vitro e ao nascerem, uma delas foi rejeitada pelos pais.  Valha-me meu Jesus Cristinho!  A renegada, o foi porque veio “com defeito”, na visão desses seres que a geraram...

Como não podiam ter filhos pelo método natural, resolveram então fazer a fertilização.  Talvez na cabeça deles, naturalmente, seria como estivessem “comprando” filhos.  Foram no hospital, “encomendaram”, deixaram “matéria-prima”, pagaram, e quando foram “retirar” a encomenda, constataram que um dos “produtos” estava com defeito de fabricação (tinha problemas respiratórios).  Então, rejeitaram o ”recebimento” dessa “mercadoria”.  E alegaram como para se justificarem, que queriam na verdade, apenas gêmeas...  ah, ta...

Consumo, consumo, consumo...

O ser humano definitivamente, virou mercadoria.  Vamos então ao PROCON!  Reclamar de maus filhos, maus amigos, maus pais, maus colegas, maus maridos, más esposas etc etc etc... Seria cômico se não fosse trágico!

Voltando à vaca fria ou à vaca e ao touro desses pais em questão... 

Na ocasião em que queriam abandonar no hospital a terceira bebê, médicos e psicólogos da instituição tentaram convencê-los a ficarem com as três crianças, mas não conseguiram.  Daí a maternidade não aceitou que eles levassem só duas e acionou prontamente o Conselho Tutelar.  Aplausos para a Maternidade Nossa Senhora de Fátima, de Curitiba/PR!

A ginecologista que implantou os embriões na “mãe”, disse que nunca tinha visto um caso como esse, de um casal recusar filhos que se propôs a ter.  -  Dra. é que eles não contavam que uma das crianças viesse com insuficiência pulmonar!  Na minha opinião, esse foi o motivo.  E não o que foi alegado por eles, que estejam preocupados em como criar e sustentar três ao invés de duas crianças, porque já sabiam há muito tempo que seriam três a nascer.

A advogada do casal já entrou com dez recursos para o casal reaver as três bebês e todos foram negados.  As crianças estão num abrigo, e ela alega que as bebês teriam que ser amamentadas pela “mãe” biológica, em vez da alimentação artificial que estão recebendo nesse abrigo.  O que foi negado num atestado fornecido por uma Enfermeira do hospital à justiça, dizendo que as bebês não precisariam necessariamente ser alimentadas pela mãe.  A advogada declarou que se não obtiver sucesso nos recursos em todas as instâncias possíveis, vai apelar até internacionalmente.  Resta saber se vai ser bem sucedida nessa esfera, né?

Eu fico pensando, cá com meus botões, na repercussão de toda essa história para a criança rejeitada, no futuro... sim, porque fatalmente ela tomará conhecimento, já que a difusão está sendo tão grande... que situação... putz...

Ficam as questões:  O Conselho Tutelar foi radical demais na decisão ou agiu corretamente?  O que seria melhor para as crianças?  Devolvê-las aos pais biológicos seria o acertado?  Deixá-las sob a tutela dos avós seria o justo?  Disponibilizá-las à adoção seria o correto? 

Qualquer que seja a decisão definitiva, só uma eu descartaria completamente:  Que elas fossem separadas umas das outras.

2 comentários:

  1. Parabéns minha linda! Vou acompanhar tuas palavras aqui como se estivéssemos tendo a oportunidade de conversar.
    bj

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  2. Amigaaaaa!!!! Obrigada, seja sempre bemvinda!!!!

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